A insônia é definida como a dificuldade repetida para iniciar o sono, na duração, na consolidação ou na qualidade, o que resulta em alguma forma de prejuízo durante o dia e ocorre a despeito do tempo adequado ou oportunidade para dormir.

As principais consequências diurnas da insônia são: cansaço físico, falta de disposição, fadiga, nervosismo, dor de cabeça, mau humor, irritabilidade, prejuízo cognitivo (raciocínio lento, dificuldade de concentração), indisposição geral. Ademais, são observados aumento no risco de transtornos psiquiátricos e acidentes.

São fatores de risco para a ocorrência de insônia: sexo feminino, idade avançada, baixo nível socioeconômico, doença médica (principalmente dor crônica), transtornos psiquiátricos (principalmente depressão), viuvez, divórcio, horários de trabalho muito alongados ou em turnos diferentes.

Personalidades hiperativas e com um fraco sistema gerador de sono são mais predispostas a desenvolver insônia. Alto nível de preocupação e tendência à ruminação de pensamentos também são alarmantes.

Como fatores perpetuantes, podemos citar as estratégias inadequadas em relação ao sono: passar tempo excessivo na cama esperando o sono chegar, usar a cama para outros comportamentos diferentes do sono ou desenvolver medo ou aversão ao ato de dromir.

Um tipo muito frequente de insônia é a de ajuste ou aguda, ligada a um fator estressante, que pode ser psicológico, psicossocial, ambiental ou físico, e sua principal característica é a curta duração, de dias ou semanas, no máximo três meses. A melhora ocorre quando o agente estressor se resolve ou o indivíduo se adapta a ele.

Mas afinal de contas, o que você está fazendo de errado? Preste atenção nos hábitos que NÃO contribuem com sua higiene do sono: horários irregulares de sono, tanto de dormir como de acordar; cochilar frequentemente durante o dia; permanecer tempo excessivo na cama, fazer uso de cafeína, nicotina ou álcool antes de deitar; engajar-se em atividades mentais, físicas ou emocionais estimulantes/estafantes; não manter um ambiente confortável para dormir; fazer uso da cama para outras atividades não relacionadas ao sono, como ver televisão, ler, estudar, se alimentar, planejar e pensar.

Dicas da CorpoMente para preservar seu sono: ter horários regulares para dormir e despertar; ir para cama somente quando estiver sonolento, ter ambiente de dormir adequado: limpo, escuro, sem ruídos e confortável; não fazer uso de álcool, café, determinados chás e refrigerantes próximo ao horário de dormir; não fazer uso de medicamentos para dormir sem orientação médica, se tiver dormido pouco em noites anteriores, evite dormir de dia; jantar moderadamente em horário regular e adequado, estabelecer um ritual de relaxamento antes de se deitar: tomar um banho quente, diminuir a luminosidade do quarto enquanto se preprara para deitar ou meditar; não levar problemas para a cama; evitar de ficar na cama sem dormir (rolando de um lado para outro), levante-se e faça uma atividade calma até ficar sonolento novamente; procure fazer atividade física durante o dia, evite o sedentarismo.

Em caso de dúvidas ou persistência dos sintomas, procure um profissional capacitado, ele saberá te orientar. Bons sonhos!

Dra Fernanda Seixas

 Psiquiatra da Clínica CorpoMente

(61) 33632934

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