O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é um distúrbio do neurodesenvolvimento com implicações em três dimensões sintomatológicas: desatenção, hiperatividade e impulsividade.
O diagnóstico preciso do TDAH e de comorbidades associadas carrega grande valor clínico, uma vez que a intervenção terapêutica nesses casos está ente as mais eficazes de toda psiquiatria.
O coeficiente de herdabilidade deste transtorno gira entre 60 e 76% e é um dos mais elevados dentre os transtornos psiquiátricos. Entretanto, até o momento, não é possível determinar os fatores indispensáveis ou suficientes para o estabelecimento do TDAH. Sua etiologia parece ser multifatorial, o que inclui aspcetos genéticos, ambientais, sociais e químicos.
As manifestações clínicas do transtorno são heterogêneas e variáveis ao longo do tempo. Observa-se uma significativa reação emocional negativa à imposição de aguardar, o que os autores chamam de aversão ao adiamento. Tal reação é manifestada pela tendência em preferir e selecionar uma gratificação imediata em detrimento de aguardar por uma gratificação maior. Se, por exemplo, um paciente é requisitado a segurar um bombom por 1 minuto com a garantia de que, ao completar a tarefa, irá ganhar uma caixa inteira, observa-se que a grande maioria dos portadores de TDAH devora o primeiro bombom após poucos segundos, sem pausa para maiores reflexões.
Disfunções executivas também são muito comuns. Há uma enorme dificuldade para a execução de tarefas que envolvam planejamento, vigilância, mudança de atenção frente a novas demandas, entre outros. A desatenção caracteriza-se por um quadro típico em que o indivíduo apresenta dificuldade em iniciar, manter e concluir tarefas que exijam atentção. Muitas vezes, o paciente deixa de cumprir responsabilidades por esquecimento ou por não ter escutado o que foi dito.
A hiperatividade caracteriza-se por uma inquietude excessiva, não justificada, e que impede o indivíduo de permancer parado e/ou em silêncio quando necessário. Portanto, indivíduos hiperativos são irrequietos, falam em excesso e têm dificuldade de permanecer sentados e em silêncio.
A impulsividade caracteriza-se por dificuldade em adiar ou suprimir o impulso de uma ação, mesmo quando associada a consequências negativas. É um padrão de comportamento repetitivo, de dificuldade em aguardar a vez em diferentes situações e de tempo diminuído de resposta a estímulos.
A maioria dos diagnósticos de TDAH feitos na infância não prosseguem plenamente até o final da adolescência. De forma geral, é comum que os sintomas de hiperatividade diminuam progressivamente e a ênfase se dê na desatenção, na impulsividade ou em ambas.
Os prejuízos da desatenção são consistentes com aqueles presentes na infância, porém, tornam-se mais evidentes conforme evolui a demanda acadêmica. São jovens que não concluem ou procastinam tarefas escolares, trocam de atividade repetidamente, não mantêm atenção em leituras e são desorganizados, carcterísticas quase impeditivas de um bom rendimento escolar.
A impulsividade se traduz em maior exposição a riscos e menor autocontrole, o que explica a elevada associação entre TDAH e abuso de substâncias. A hiperatividade gradativamente se torna mais sutil, assumindo uma sensação subjetiva de inquietude que, não necessariamente, é manifestada fisicamente.
Em linhas gerais, na idade adulta, a desatenção se manifesta por desorganização nas atividades, esquecimento de compromissos, diminuída capacidade de planejamento e baixo rendimento em atividades atencionais, como a leitura. A impulsividade pode se manifestar por pedidos de demissão abruptos, términos precoces de relacionamentos, intolerância a momentos de espera e perda de controle com crianças. A hiperatividade, normalmente, está restrita a um desconforto psicológico em situações em que o indivíduo é forçado a permanecer parado e em silêncio, como em reuniões do trabalho.
O diagnóstico do TDAH é essencialmente clínico e deve estar associado a um prejuízo funcional significativo. O tratamento é multimodal e inclui diferentes abordagens focadas em aspectos específicos do transtorno e do quadro clínico. Entretanto, em qualquer plano de tratamento, é indispensável a presença de pelo menos uma das duas modalidades eficazes no manejo do TDAH: terapia comportamental e medicação. A combinação de ambas intervenções é ainda mais interessante e eficaz.
Identificou-se com os sintomas descritos? Procure um profissional capacitado e tire suas dúvidas.
Dra Fernanda Seixas
Psiquiatra da Clínica CorpoMente
(61) 33632934
Déficit de atenção moderada.
Dra Fernanda Seixas, psiquiatra da Clínica CorpoMente.
Minha filha, hoje com mais de 20 anos. Recebeu diagnóstico de TDAH. Na época adquirimos o livro “No mundo da lua”. Muito ótimo, nos ajudou bastante. Naqueles dias me indicaram, para realizar. Tbm. Um tratamento. Eu fiquei indignada, e o sucesso financeiro. Obviamente, tbm. Estou sempre, com ideias otimas iniciandoĺ
Dra Fernanda Seixas, psiquiatra da Clínica CorpoMente.
Minha filha, hoje com mais de 20 anos. Recebeu diagnóstico de TDAH. Na época adquirimos o livro “No mundo da lua”. Muito ótimo, nos ajudou bastante. Naqueles dias me indicaram, para realizar. Tbm. Um tratamento. Eu fiquei indignada, e o sucesso financeiro. Obviamente, tbm. Estou sempre, com ideias otimas iniciandoĺ